PT
Era o dia 12 de Junho, no dia anterior tinha sido o último dia de trabalho na fábrica dos kiwis. Estava na altura de voltar à estrada e de visitar sitios maravilhosos. Todos nos tinham recomendado as cascatas de Omanawa, um dos lugares mais mágicos por aqueles lados.
Com o pequeno-almoço tomado, eu e a Vale saímos para mais uma aventura. Demoramos quase 1 hora e meia, numa viagem que deveria ser de 30min, porque recebi uma chamada para um trabalho numa quinta de vacas e o Terry falava bastante ahahah
Chegamos por volta das 12h30 e começamos a caminhada. A entrada está fechada, e cheia de avisos, porque supostamente o caminho é bastante perigoso. No entanto, continuamos, como todos os nossos amigos nos tinham dito para fazer. O caminho inicial é bastante simples, até tivemos a sorte de ver llamas pelo caminho e de apanhar um susto de morte com o cão do terreno vizinho.
Chegamos a um beco sem saída, que se localiza mesmo por cima da cascata. Um vista espectacular!!! Com a porta fechada e sem conseguirmos encontrar o caminho para descer, decidimos ligar ao Facu e à Maca que tinham feito a caminhada uns dias antes. Foi muito difícil conseguir saber onde era a entrada do trilho e visto que não conseguimos rede suficiente para fazer video chamada com os nossos amigos, decidimos seguir o nosso instinto.
Tinham passado mais de 30 minutos e ainda não tínhamos encontrado o trilho. De repente, apareceu um grupo de amigos que estava à procura do mesmo caminho. O Marcus, que estava a liderar o grupo, parecia conhecer um pouco mais que todos nós e dessa maneira conseguimos encontrar o trilho.
Mais ou menos 1 hora e muitas escorregadelas depois, conseguimos chegar ao local que tanto queríamos. Um sítio idílico, maravilhoso. Tinha o fato-de-banho vestido porque sabia que iria querer nadar um pouco neste pequeno paraíso. Algumas pessoas já tinham mergulhado e estavam a tremer cá fora... Disseram que a água estava fria, mas que valia muito a pena mergulhar. Tirei a roupa pouco a pouco, com receio. Vi um rapaz a saltar e ganhei coragem, lá saltei também.
Brrrrrrr, a água estava gelada. Senti que o meu corpo congelou por uns segundos e custou-me a respirar. Quando cheguei à superficie, celebrei, e comecei a nada até ao outro lado, onde estava a catarata. Mais uns quantos do grupo se juntaram a mim na água. O Marcus estava à nossa espera na gruta que existia por baixo da cascata.
Parecia-me impossível, mas a paisagem era ainda mais bonita daquele ponto de vista. Tirámos muitas fotos e nadámos por baixo da catarata. O corpo gelado pela água, fez com que todas as dores musculares desaparecessem, incrível. Uma braçadas depois, estava na hora de sair da água, secar-me e voltar a subir, porque o sol já estava a ir embora e a nossa barriga já estava a dar horas.
Fizemos o caminho de volta bastante mais confiantes, subindo os escadotes íngremes e enormes, escalando com a ajuda de uma corda e seguindo as marcas que alguém anteriormente tinha deixado pelo caminho (setas ou marcas cor-de-laranja/rosa).
Pensámos que deveríamos ter levado uma lata para pintar melhor as marcas, para ajudar futuros visitantes, principalmente no início.
(Neste site conseguem ver a melhor maneira de encontrar o trilho e seguir o caminho.)
Chegamos exaustas à Carmencita (o meu carro), mas felizes por ter conseguido visitar um sítio tão maravilhoso e fantástico como este.
Uma visita que recomendo muitíssimo! Claro que é melhor terem em conta que o caminho é bastante complicado e desafiante. Não aconselho num dia de chuva, visto que poderá ser bastante mais perigoso.
Todo o meu amor,
Maria
EN
It was the 12th of June, the day before it had been the last day of work at the kiwis' Packhouse. It was time to get back on the road and visit some wonderful places. Everyone had recommended Omanawa Falls, one of the most magical places around.
After breakfast, Vale and I left for another adventure. It took us almost 1 hour and a half, on a trip that should have been 30 minutes, mainly because I got a call for my next work ,on Dairy Farm, Terry spokes a lot ahahah
We arrived around 12:30 pm and started the track. The entrance is closed, and full of warnings, because the path is supposedly quite dangerous. However, we continue, as all of our friends had told us to do so. The initial path is quite simple, we were even lucky to see some llamas along the way and the neighbors' dog scared the hell of us.
We arrived at a dead end, which is located just above the waterfall. A spectacular view!!! With the door closed and unable to find our way down, we decided to call Facu and Maca who had done the walk a few days before. It was very difficult to get to know where the trail entrance was and since we didn't have enough cellphone connection to make video calls with our friends, we decided to follow our instinct.
More than 30 minutes had passed and we still hadn't found the trail. Suddenly, a group of friends appeared looking for the same path, we joined them. Marcus, who was leading the group, seemed to know a little more than all of us and that way we managed to find the trail.
Many slips and almost an hour later, we managed to get to the place we wanted so much. An idyllic, wonderful place. Of course, I was wearing a swimming suit because I knew I would want to swim in this little paradise. Some people had already dived and were shaking outside... They said the water was freezing cold, but it was worth diving. I slowly took off my clothes, with fear. I saw a boy jumping and I gained courage, I also jumped into the lake.
Brrrrrrr, the water was cold. My body froze, for a few seconds I found it difficult to breathe. When I got to the surface, I cheered and started swimming until the other side, where the waterfall was. A few more from the group joined me in the water. Marcus was waiting for us in the cave under the waterfall.
It seemed impossible, but the landscape was even more beautiful from that point of view. We took a lot of pictures and swam under the waterfall. The body frozen by water, made all muscle pains disappear, incredible.
A few strokes later, it was time to get out of the water, dry off and go up again, because the sun was already disappearing and our belly was already growling.
We made the way back a lot more confident, climbing the steep and huge ladders, climbing with the help of a rope and following the marks that someone had previously left on the way (arrows or orange / pink marks).
We thought we should have taken a can to paint the marks better, to help future visitors, especially in the beginning.
(On this website you can see the best way to find the trail and follow the path.)
We arrived exhausted to Carmencita (my car), but happy to have managed to visit a place as wonderful and fantastic as this one.
A visit that I highly recommend! Of course, it is better to take into account that the path is quite complicated and challenging. I do not advise on a rainy day, as it can be much more dangerous.
All my Love,
Maria
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